quinta-feira, novembro 23, 2006

A perfeição é uma luta contraditória com o ambicioso.

Acho que nascemos com esse mito, angústia extra milenar de introspecção profunda em busca de escrever (questionar) o nosso próprio romance. Para além da correspondência de amor procura-se incessantemente a experiência do ácido ontológico.

Sinto-me como se fosse uma folha de papel do teu texto, da tua literatura e que agora escolheste dobrá-la, ou melhor, rasgá-la…

terça-feira, novembro 14, 2006

Na mesa-de-cabeceira está a busca do tempo perdido. Não tenho ganas de o abrir.

domingo, novembro 12, 2006

Com motivos de guerras

Mudamos os ventos e com elas

as paisagens

os monopólios e as tecnologias

os mercados e os trabalhadores.

as tradições as estéticas

as ideo-logias...

Qual seria a consequência do desaparecimento da guerra?

sábado, novembro 11, 2006

Music

Digital Modular Filter Distortion Pitch and Rhythm Amplifier Simulator Wah Wah Pedal Cry Babie and Chorus

quarta-feira, novembro 08, 2006

Habilidades Simultaneidades Exercícios de viver…

O TEU DEUS é diferente do meu e isto provoca-nos um problema intelectual.

Afinal as palavras matreiras são minhas. Porque a vida continuará periódica mas irregular, Profética como na beira de uma cama estreita. Desejosa de rectângulos de sol que se mostram nos soalhos das casas felizes.

Sonho do qual é impossível despertar Onde um murmúrio de palavras embala teus desejos não mencionáveis.

Na brevidade da palavra romance, todas as vezes que regresso a minha casa fora deste dia chuvoso e esticado ao máximo, Deixo-te para trás e nem choro sequer. Minto.

Sinto falta de ti e de mim!

terça-feira, outubro 03, 2006

Gosto quando não sabemos nada e nos olhamos como se soubéssemos. Olhamos como se nos beijássemos através de supostas telepatias de encanto.

sexta-feira, setembro 22, 2006

Caso e descaso os botões da minha camisa efémera! Escolhe uma cor. Calha-te sempre uma coisa inteligível. Legível.

terça-feira, setembro 19, 2006

Partir... Através de um comboio parado na velha estação Onde ninguém mais está para o alcançar. Aparece o revisor olhando para ambos os lados no horizonte um sentimento onde se guarda uma fotografia de amigos, outrora antigas crianças de joelhos esfolados Agora neste principio de viagem serei o único a partir. Talvez nas estações seguintes se juntem outros viajantes. Saí de madrugada para me levar nesse comboio. Soltei um grito interior morno. Não poderia ser outro. Tinha de ser este! Não por circunstancialmente ter de chegar as horas a um destino Mas porque tenho um compasso magnético que está incutido na alma. Longínquo e ligeiro segundo ecoando à minha tentativa De aprender a viver. Só que ainda não sei. Mas vou ter de tentar Porque nasci há milhares de anos atrás Como tantos… Será a minha cabeça que não cabe neste corpo, Ou será o corpo grande demais para esta anarquia mental? Em tempos de infância Quantos comboios apanhámos juntos nesta mesma estação? Tantas esperas contidas que nos deram um modesto gozo demasiado grande. Nesses dias saíamos sempre na última estação. Porque era daí que nós pertencíamos, Ao princípio e ao fim da linha.

segunda-feira, setembro 18, 2006

Achas que haverá sempre uma palavra para tudo? Será possível fazer a filologia das palavras? Não domino os verbos. Talvez os nomes e os seus atributos. Ainda fico assustado com a “grandeza de uma folha em branco” Há quem diga: “Quando as palavras nos saem às catadupas da boca, poderemos ser tremendamente mais felizes” Tenho medo, Tenho fome e estou apaixonado! Continuo a acreditar que todos os meus órgãos são inteligentes, Preparados a resistir. Acho que é a melhor altura então para começar a escrever...