quarta-feira, janeiro 03, 2007

Beija-me ainda outra vez entre os estalidos orgânicos da madeira, onde fica o riso inundado desta corrente de adjectivos escondendo a simultânea cor de pele em contemplativo corpo fugidio. As respirações. Cerne de um puzzle bonito de muitas peças. Uma escada íngreme com flores de raízes amantes. No livro do mundo actual existe um espelho entre duas páginas onde não se escreve apenas o reflexo das lembranças das ruas de corpos longos. Houve olhares inebriantes que tiveram talvez a longitude das frases. Ser é (ainda) ter vontades por cumprir onde se combina a reinvenção de tudo numa pontuação serena de séculos de promessas.

Um comentário:

Andre_Ferreira disse...

Há que ter atenção, enquanto se lê este poema, não só ao tempo em que a acção poética decorre como à imagem que dele tiramos. Não há nostalgia porque o puzzle ainda está em construção, "Ser é ainda ter vontades para cumprir.." e não ter vontades por cumprir: há vontade de viver, há vida e gosto pela vida em todas as suas formas. Inventa-se o mundo com o mundo que nos é dado. Bem! Mas que estou eu para aqui a dizer!
Gostei muito do poema.
Um abraço amigo